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O rumor que o governo confirmou: quem tem artrite pode receber R$ 1.412

Sofrer com uma doença crônica e não saber quais são os direitos a benefícios previdenciários pode ser angustiante para muitos trabalhadores brasileiros.

Entre as dúvidas mais frequentes está a questão se a artrite reumatoide garante algum tipo de benefício do INSS ou se dá direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Artrite reumatoide e a aposentadoria pelo INSS

A artrite reumatoide pode sim resultar em aposentadoria pelo INSS, mas a possibilidade de concessão depende de vários fatores, incluindo a gravidade da doença e seu impacto nas atividades diárias e de trabalho do indivíduo.

A aposentadoria por invalidez é uma opção para aqueles cuja condição de saúde impede a realização das atividades laborais e que não podem ser reabilitados para o mercado de trabalho.

Para ter direito a essa aposentadoria, o segurado precisa cumprir os requisitos do INSS, incluindo passar por uma perícia médica que avalia a gravidade da doença e a incapacidade para o trabalho.

O que é artrite reumatoide?

A artrite reumatoide é uma doença inflamatória crônica que afeta as articulações, sendo mais comum em mulheres. Nela, o sistema imunológico ataca as células saudáveis do corpo, causando inflamação, dor, inchaço e rigidez nas articulações. A doença geralmente se manifesta entre os 30 e 40 anos e tende a piorar com a idade.

Artrite reumatoide e fibromialgia têm sintomas semelhantes, o que pode levar a confusões. A fibromialgia é uma síndrome caracterizada por dor muscular generalizada, cansaço e problemas de memória e atenção.

Ambas as condições não têm cura, e o tratamento visa melhorar a qualidade de vida. Tanto a artrite reumatoide quanto a fibromialgia podem justificar uma aposentadoria por invalidez, dependendo da gravidade dos sintomas e da incapacidade de trabalho.

Como solicitar a Aposentadoria por Invalidez por artrite reumatoide

Para solicitar a aposentadoria por invalidez, a pessoa deve apresentar prova de incapacidade permanente e impossibilidade de reabilitação. Os principais requisitos incluem:

  • Qualidade de segurado: Estar contribuindo para a Previdência Social.
  • Carência: Em regra, ter contribuído por pelo menos 12 meses antes do início da incapacidade.
  • Perícia médica: Laudos médicos que comprovem a incapacidade para o trabalho devido à artrite reumatoide.

A solicitação pode ser feita através do site ou aplicativo Meu INSS, onde também é possível agendar a perícia médica.

Para a solicitação da aposentadoria por invalidez, é necessário apresentar:

  • RG
  • CPF
  • Carteira de trabalho ou comprovantes de contribuição
  • Documento carimbado pela empresa indicando a data de afastamento
  • Laudos, exames e receituários médicos

Os laudos devem incluir informações detalhadas sobre a condição, como o Código Internacional de Doenças (CID), a espécie de incapacidade e as datas relevantes.

Auxílio-Doença por artrite reumatoide

O auxílio-doença é um benefício destinado ao segurado temporariamente incapacitado para o trabalho. Para obter esse auxílio, o trabalhador deve atender aos seguintes critérios:

  • Qualidade de segurado: Estar contribuindo para a Previdência Social.
  • Carência: Ter contribuído por no mínimo 12 meses antes do início da incapacidade.
  • Início da incapacidade: Deve-se comprovar que a incapacidade é decorrente da artrite reumatoide e que a continuidade do trabalho pode agravar a condição.

O auxílio-doença é pago apenas após o 15º dia de afastamento, sendo que os primeiros 15 dias são pagos pelo empregador.

O valor do auxílio-doença é calculado com base na média dos salários de contribuição e pode chegar até o teto máximo de R$ 7.786,02, enquanto o valor da aposentadoria por invalidez considera 100% dos salários de contribuição, podendo variar de acordo com o tempo de contribuição e outros fatores.

Se o INSS negar o pedido de aposentadoria ou benefício, é possível apresentar um recurso administrativo através do aplicativo ou site Meu INSS. O recurso deve explicar o motivo pelo qual a negativa foi equivocada e apresentar provas que possam reverter a decisão. Em casos mais complexos, pode ser necessário recorrer à justiça.

Letícia Florenço

Jornalista, filha da Terra da Luz, meu amado Ceará.

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